Novos equipamentos de segurança de carros serão obrigatórios no Brasil


Normas do Contran exigem itens básicos como para-choques, faróis, luzes de freio e seta, limpador e lavador de para-brisas e buzina em todos os veículos vendidos no Brasil. Para-sol, velocímetro, cintos de segurança e refletores traseiros também estão na lista.
Pode parecer exagero em alguns casos, mas no Brasil funciona assim. Retrovisor do lado direito era opcional em alguns populares até 1998, quando lei passou a obrigá-los.
O mesmo aconteceu com a terceira luz de freio (brake light), compulsória a partir de 2009, e com os airbags dianteiros e os freios ABS em 2014.
Outros importantes equipamentos de segurança logo também estarão em todos os carros vendidos no Brasil – ainda que sejam obrigatórios lá fora há anos. Sempre há espaço para melhorar – vale lembrar que, até hoje, temos carros sem barra lateral nas portas, recurso que chegou aqui há 24 anos.

1. Isofix: em 2018/2020


 O sistema Isofix garante que a cadeirinha seja presa sem folgas no banco traseiro
O sistema Isofix garante que a cadeirinha seja presa sem folgas no banco traseiro (Divulgação/Renault)
O que é?
Padrão internacional para fixação de cadeirinhas infantis. Elas se prendem a ganchos soldados na carroceria em vez de usar o cinto. É compatível com o sistema Latch, dos Estados Unidos, que também se prende ao encosto.
A partir de quando?
Janeiro de 2018 para todos os novos automóveis e utilitários com mais de uma fileira de bancos e 2020 para modelos que já estão no mercado. A norma exige o equipamento em pelo menos um assento.
Europa: obrigatório desde 2013
EUA: obrigatório desde 2003 (padrão Latch)


2. Cinto de três pontos e encosto de cabeça centrais: em 2018/2020


 Cintos de três pontos e encostos de cabeça para os ocupantes será obrigatório em todos os veículos
Cintos de três pontos e encostos de cabeça para os ocupantes será obrigatório em todos os veículos (Ulisses Cavalcante/Quatro Rodas)
O que é?
O cinto de três pontos sustenta o corpo pelo abdômen e pelo tórax. Pesquisa americana mostrou que eles reduzem as fatalidades em 58% contra 48% dos cintos de dois pontos.
Os encostos de cabeça têm a função de evitar o efeito chicote, quando a cabeça fica desprotegida ao se movimentar para trás em uma colisão – o que pode provocar sérias lesões no pescoço.
A partir de quando?
Devem estar presentes em todos os lançamentos, nacionais ou importados, desde 1° de janeiro deste ano. Carros que já estão no mercado hoje estão obrigados a cumprir esta regra a partir de 2020.
Mas os encostos são facultativos para esportivos com assentos 2 + 2 e conversíveis.
Europa: 2006
EUA: 2007


3. Controle de estabilidade: em 2020/2022


 Botão de controle de estabilidade
Botão de controle de estabilidade (Christian Castanho/Quatro Rodas)
O que é?
Sistema eletrônico atua de forma independente no freio de cada roda para corrigir a trajetória do veículo em casos de perda de aderência dos pneus, seja em curvas ou em desvios bruscos de rota. Seu módulo também cuida do controle de tração e do assistente de partida em rampa.
A partir de quando?
De 2020 para novos modelos ou que sofreram grandes mudanças. Será obrigatório para carros e comerciais leves zero-km vendidos a partir de 2022.
Europa: obrigatório desde 2014
EUA: obrigatório desde 2012


4. Luzes diurnas: em 2021/2023


Honda City 2018 O novo City acaba de receber luzes diurnas de leds na versão mais cara
O novo City acaba de receber luzes diurnas de leds na versão mais cara (Divulgação/Honda)
O que é?
Sua função é a de tornar o carro mais visível durante o dia. Acende ao dar partida no carro, mas mantém faróis e lanternas desligados. A lei permitirá que a lâmpada seja do tipo led ou halógena.
Também são conhecidas pela sigla DRL (Daylight Running Lamp).
A partir de quando?
De 2021 para projetos de novos veículos (inclusos caminhões e ônibus). Após 2023, todos os veículos fabricados e vendidos no país serão obrigados a ter o equipamento.
Europa: 2011
EUA: não obriga, mas em alguns estados deve-se ligar os faróis durante o dia sob baixa visibilidade.

Fonte: Quatro Rodas

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